Fazenda Estrela do Sul - Nova Módica - MG - Desde 1951.
"PRODUZINDO LEITE A PASTO"
Filiada à Associação Brasileira dos Criadores de Zebu - ABCZ
CONTATO
MISSÃO
A Fazenda Estrela do Sul, em Nova Módica, Leste de Minas Gerais seleciona o rebanho Gir leiteiro PO e produz Girolando F1 para a produção de leite a pasto com produtividade e sustentabilidade, gerando lucro e respeitando o meio ambiente.
A nossa visão do futuro é seguir selecionando o nosso rebanho utilizando a genética de primeira linha das raças Gir leiteiro e Holandesa, formando fêmeas girolando 1/2 Hz de alta capacidade para produzir leite a pasto
PROJETO DE PADRONIZAÇÃO DAS VACAS LEITEIRAS
GIROLANDO 1/2 HZ - GIR LEITEIRO PO
META: selecionar o nosso rebanho utilizando a genética de primeira linha das raças Gir leiteiro e Holandesa, formando fêmeas girolando 1/2 Hz de alta capacidade para produzir leite a pasto, atingindo 100% de padronização das vacas leiteiras no prazo até 31/12/2023.
Em fevereiro de 2020, a Fazenda Estrela do Sul iniciou nova etapa de Fertilização In Vitro (FIV), acelerando a produção de animais Girolando F1 geneticamente superiores. A Produção de Embriões in vitro (PIV) envolveu as seguintes etapas: Aspiração Folicular(OPU) de doadoras Gir leiteiro próprias da Fazenda Estrela do Sul, com excelente produção (76 embriões), Maturação Ovocitária in Vitro (MIV), Fertilização in Vitro (FIV), o Cultivo in Vitro e, finalmente a Transferência de Embriões para as receptoras girolando em 17/03/2020, incluindo parceiros da nossa região.
Em março de 2020, fizemos outra etapa de FIV - 1/2 Hz com sêmen sexado de MONTROSS. Nasceram em dezembro de 2020. Ver vídeo
Em 05 de dezembro de 2020, fizemos mais uma etapa de FIV com a confirmação de 16 prenhezes!
AS BEZERRAS E NOVILHAS DESTA GALERIA SÃO PARA REPOSIÇÃO DA FAZENDA. NÃO ESTÃO À VENDA!
BEZERROS GIROLANDO
Vacas mestiças - potencialidades e desafios - EVUFMG.pdf Tamanho : 294,754 Kb Tipo : pdf |
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O documento Sumário de Touros/Resultados do Teste de Progênie/Junho 2018 apresenta ferramentas e recursos inovadores para profissionais e produtores, tais como informações moleculares para genes de interesse, como no caso da Beta-caseína A1 ou A2 e das avaliações genéticas para idade ao primeiro parto e para produção de leite.
Embrapa Gado de Leite - Associação Brasileira dos Criadores de Girolando
GIROLANDO F1: HETEROSE E VIGOR HÍBRIDO
O objetivo do cruzamento entre o Gir leiteiro e o Holandês é obter um melhoramento genético rápido, reunindo em um só animal as boas características de duas ou mais raças, aproveitando-se a heterose ou vigor híbrido. A heterose é o fenômeno pelo qual os filhos apresentam melhor desempenho (mais vigor ou maior produção) do que a média dos pais. A heterose é mais pronunciada quanto mais divergentes (geneticamente diferentes) forem as raças ou linhagens envolvidas no cruzamento. Existem resultados de pesquisas científicas mostrando heterose para produção de leite variando de 17,3% até 28% nos cruzamentos entre as raças Holandesa e Zebu. A heterose afeta características particulares e não o indivíduo como um todo. A heterose é máxima nos animais F1 ou de "primeira cruza". O F1 reúne as boas características de ambos os progenitores. No caso do cruzamento de vaca Gir com touro Holandês PO, as fêmeas F1 vão apresentar maior precocidade e maior aptidão leiteira (características típicas do Holandês) do que a Gir, e maior resistência a ectoparasitas, mais tolerância ao calor e maior rusticidade do que o Holandês. A performance (produção) do indivíduo F1 vai depender da qualidade genética dos progenitores (do touro e da vaca). Assim, existem bons e maus animais F1 (ou meio-sangue), refletindo a qualidade genética do touro e da vaca envolvidos no cruzamento. Portanto, é importante utilizar sempre touros provados para leite, sejam eles europeus ou Zebus.
FONTE: https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Leite/LeiteZonadaMataAtlantica/racas1.html
Stantons High Octane PTAL (1857 kg) - TPI (2.389).pdf Tamanho : 584,173 Kb Tipo : pdf |
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VAL-BISSON DOORMAN - TPI EXCEPCIONAL (2.361).pdf Tamanho : 635,495 Kb Tipo : pdf |
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VAL-BISSON DOORMAN - TPI EXCEPCIONAL.pdf Tamanho : 635,495 Kb Tipo : pdf |
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VAL-BISSON DOORMAN - TPI EXCEPCIONAL.pdf Tamanho : 635,495 Kb Tipo : pdf |
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Stantons High Octane.pdf Tamanho : 395,475 Kb Tipo : pdf |
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Girolando
GIROLANDO - A RAÇA MAIS VERSÁTIL DO MUNDO TROPICAL
Podemos caracterizar o Girolando como "Produtor de leite pela
funcionabilidade e produtor de carne pela adaptabilidade". As fêmeas
Girolando, produtoras de leite por excelência, possuem características
fisiológicas e morfológicas perfeitas para a produção nos trópicos (capacidade
e suporte de úbere, tamanho de tetas, fatores intrínsecos à lactação,
pigmentação, capacidade termo-reguladora, aprumos e pés fortes, conversão
alimentar, eficiência reprodutiva, etc.) atribuindo um desempenho muito
satisfatório economicamente.
Os machos por sua adaptabilidade (capacidade de aproveitamento de pastagens
grosseiras, resistência a doenças e parasitas, velocidade de ganho de peso,
etc), conseguem desempenho comparável com qualquer cruzamento industrial
específico para carne, quando colocados em situações idênticas de criação.
VIGOR HÍBRIDO: UM DOS MAIORES ATRIBUTOS DO
GIROLANDO
A utilização de Heretose é a mais útil e extensiva aplicação da moderna
genética. Processo de resposta rápida, sendo ainda o método que pode utilizar
mais intensamente as qualidades existentes nas raças puras. Geralmente, o nível
de resposta do vigor híbrido é maior para os caracteres de baixa herdabilidade,
e que por sua vez possuem maior valor econômico.
Dádiva da natureza, pois tal é a superioridade do Girolando, que além de ter
conjugado a rusticidade do Gir e a produção do Holandês, adicionou
características desejáveis das duas raças em um único tipo animal,
fenotipicamente soberano, com qualidades imprescindíveis para produção leiteira
nos trópicos.
A raça, fundamentalmente produto do cruzamento do Holandês com o Gir, passando
por variados graus de sangue, direciona-se visando a fixação do padrão racial,
no grau de 5/8 Hol + 3/8 Gir, objetivando um gado produtivo e padronizado.
RUSTICIDADE:
O Girolando surgiu e proliferou espontaneamente no Brasil, pelo próprio ciclo
biológico e evolutivo adaptada à ecologia tropical, seu habitat natural.
Sua capacidade de auto-regulação do calor corporal, sua conformação muscular e
esquelética, aprumos e pés fortes, hábito de pastejo, capacidade ruminal etc.,
são condições que lhe atribuem grande resistência e adequação ao meio ambiente.
VIDA ÚTIL:
Longevidade, Fecundidade e Precocidade estão bem evidentes no Girolando,
virtudes herdadas do Gir e Holandês, resultando ótima produção vitalícia e uma
prole numerosa, que inicia-se normalmente aos 30 meses de idade (idade à 1a.
cria), o pico de produção leiteira chega até os 10 (dez) anos, e produz
satisfatóriamente até aos 15 (quinze) anos de idade.
FERTILIDADE:
A Eficiência Reprodutiva do Girolando é seu ponto forte (Período de Serviço
curto, intervalo entre partos ideal e maior número de partos por vaca), pois
todos sabemos que a fertilidade é melhor quando o animal está em seu clima
ideal.
A conformação anatômica do aparelho reprodutivo das matrizes Girolando é
perfeito, corrigindo até os problemas que são notados nas raças puras. Tanto
novilhas como vacas, não oferecem problemas de parto.
Com relação aos programas de Inseminação Artificial e Transferência de
Embriões, têm-se obtido pleno sucesso.
Nos machos Girolando, a temperatura do corpo está intimamente relacionada com a
regulação da temperatura da bolsa escrotal (descida e subida) proporcionando
assim uma maior produção de espermatozóides viáveis.
Outros dados interessantes: o embrião do Girolando é mais resistente suportando
uma variação maior de temperatura; e o período de gestação é precoce, sendo
intermediário entre o Gir e Holandês: 285 dias.
O Intervalo entre partos encontra-se em torno de 410 dias.
PRODUÇÃO LEITEIRA:
Responsável por 80 % do leite produzido no Brasil, fica aí evidente, a
afinidade do Girolando com o tipo de exploração, propriedades, mercado e o
produtor nacional. Como o sistema de produção de leite é altamente influenciado
por fatores "Extra Genéticos", a prioridade dos produtores
profissionais deve se fundamentar nos elementos reais (R$) de produtividade, ou
seja, reduzir ao máximo o custo de produção e não aumentar o volume produzido a
qualquer custo.
Isto no Brasil, só é possível com o Girolando, que:
- Produz satisfatoriamente sob pastejo e consegue aproveitar muito bem as
forragens de baixa qualidade.
- A média de produção leiteira por lactação é de 3.600 Kg. (duas ordenhas/dia)
em 305 dias, com 4 % de gordura, acumulando uma produção vitalícia acima dos
20.000 Kg de leite, que inicia-se normalmente aos 30 meses de idade. O período
de lactação médio gira em torno dos 280 dias, tendo o pico de produção entre os
30 e 100 dias com ótima persistência.
- Adapta-se muito bem a qualquer tipo de manejo, mesclando a criação sob
pastejo com a estabulação, tendo excelente desempenho com a Ordenha Mecânica e
sem a presença do bezerro ao pé.
HABILIDADE MATERNA:
Além do bezerro Girolando nascer com excelente peso (35 Kg/ média), possuem uma
ótima velocidade de crescimento, atribuídos à capacidade de criar da mãe e ao
vigor das crias (Herança Genética).
Tecemos elogios também à docilidade do Girolando, que juntamente com suas
outras qualidades maternais (tanto fisiológicas como anatômicas) é a raça mais
utilizada como receptora de embrião em nosso pais.
APTIDÃO PARA EXCELENTE GANHO DE PESO:
A terminação dos machos Girolando em confinamento pode ser praticada com
segurança. Essa é uma das grandes vantagens do Girolando: ser também propício
ao abate; em todos os experimentos realizados obteve-se ganho médio superior a
1,00 Kg/dia.
O confinamento desponta como uma opção para os criadores de Girolando em todo o
país. Outra característica marcante desses animais é a Conformação Esquelética,
tendo uma boa proporção entre comprimento e espessura dos ossos, atribuindo uma
uniforme distribuição de gordura. As fêmeas exprimem determinada angulosidade e
os machos força e amplitude em sua carcaça.
A perfomance do Girolando em regime de pasto, também é invejável, em todas as
fases produtivas: cria, recria e engorda.
APROVEITAMENTO COMERCIAL:
O resultado econômico da atividade leiteira é oriundas da venda de leite,
animais e sêmen. Devemos ressaltar que muitas vezes, a comercialização dos
bovinos que "sobram"no processo produtivo é mais significativa do que
a venda da produção leiteira propriamente dita. A raça que vale ouro nos
trópicos, hoje é vendida por encomenda, tal é a procura e o interesse cada vez
mais crescente pelo Girolando.
A panorâmica das exposições brasileiras, é um fato que comprova a consolidação
do Girolando como a raça mais viável para o país, notamos em todos os eventos,
a presença cada vez mais expressiva desses animais e sempre de excelente
qualidade. Polivalente por natureza, estes produtos têm mantido uma sequência
de sucessivos recordes em leilões.
TESTE DE PROGÊNIE
Em parceria com a EMBRAPA - Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite, foi
implantado em 1996, o Teste de Progênie de Touros Girolando (3/4 e 5/8).
A avaliação desses reprodutores, é um passo fundamental para a fixação do 5/8
Bimestiço, pois, os touros provados, serão maciçamente utilizados, garantindo
assim, o progresso genético. Para a realização do Teste, necessitamos da
participação dos criadores, colocando seus rebanhos a disposição para que as
matrizes sejam inseminadas com o sêmen dos touros inscritos.
FONTE: http://www.girolando.com.br/site/ogirolando/performance.php
Associação Brasileira dos Criadores de Girolando
GENOTIPAGEM DOS TOUROS DO TESTE DE PROGÊNIE
A evolução e os avanços recentes em biotecnologia possibilitaram a incorporação
de informações de marcadores moleculares nos programas de seleção e
acasalamento. O conhecimento das informações sobre o genótipo de animais tem
grande importância estratégica e elevado valor econômico, pois permite
identificar os animais de maior potencial de produção de leite, de gordura e de
proteína, além de permitir a identificação de portadores de alelos para doenças
hereditárias. De posse dessas informações, o produtor pode orientar os
acasalamentos, a escolha de sêmen e a aplicar a seleção assistida por
marcadores moleculares para o melhoramento genético da raça. Estratégia de
cruzamento para obtenção de animais PS, utilizando touros puros nas duas
primeiras gerações e touro 5/8 nas terceira e quarta gerações.Programa de
Melhoramento Genético da Raça Girolando Sumário de Touros: Resultado do Teste
de Progênie - Junho 2010.
Marcadores Moleculares:
Kappa-caseína (κ-CN) - As propriedades e a qualidade do leite e de seus derivados são influenciadas diretamente pelo conteúdo das suas proteínas. As principais proteínas do leite são as caseínas, lactoglobulinas e albuminas. Estudos moleculares identificaram que variantes da proteína Kappa-caseína estão fortemente associados a um maior rendimento para produção de queijo. Animais com genótipo BB apresentam maior produção de proteínas no leite quando comparados com animais com genótipo AA. O genótipo BB está associado a características de processamento superior para produção de queijo, com menor tempo de coagulação e formação de coágulo com maior densidade, resultando assim em maior produção. Animais BB apresentam rendimento 12% superior de queijo mussarela e 8% de queijo tipo Cheddar em relação aos animais com o genótipo AA. Animais AB apresentam rendimento intermediário entre os genótipos BB e AA. Animais AA possuem o genótipo menos favorável para produção de queijo.
β-lactoglobulina (β-LGB) - Este gene codifica para uma proteína presente no soro de leite, representando cerca de 50 a 55% das proteínas. Já foram identificados 12 alelos para este gene, sendo que os alelos A e B são os mais frequentes nos rebanhos comerciais. O alelo A é o mais favorável para produção de leite, enquanto que o alelo B está relacionado à maior taxa de gordura e de proteína. O leite proveniente de animais com genótipo AA é recomendado para ser comercializado in natura e o proveniente de animais com genótipo BB é mais indicado para produção de derivados lácteos, como queijo.
DGAT1 - O gene DGAT1 (diacilglicerol O-aciltransferase 1) está forte¬mente associado à porcentagem de gordura no leite, tendo sido identi¬ficados dois alelos em bovinos. O alelo A, fixado na maioria das raças zebuínas, está associado ao aumento na produção de proteína e de leite. O alelo K, com alta frequência em raças européias, está associado à diminuição da produção de proteína e ao aumento na produção de gordura no leite.Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando Sumário de Touros: Resultado do Teste de Progênie - Junho 2010 20
BLAD - A Deficiência de Adesão Leucocitária Bovina (BLAD) é uma doença hereditária comum na raça Holandesa. Essa doença é causada por uma mutação recessiva no gene CD18. Animais homozigotos para esta mutação apresentam crescimento retardado, perda de dentes, comprometimento do sistema imunológico e morrem ainda novos, geralmente, de pneumonia. Animais heterozigotos (portadores do alelo recessivo) apresentam desenvolvimento normal.
DUMPS - A Deficiência da Uridina Monofosfato Sintase (DUMPS) é outra doença hereditária importante na raça Holandesa. Caracteriza-se por uma mutação recessiva no gene UMPS que resulta em deficiência da enzima
UMPS que é responsável pela conversão de um metabólito participante da via de síntese das pirimidinas, que são necessárias à síntese de RNA e DNA. Embriões homozigotos para esta mutação morrem por volta do 40º dia, uma vez que é necessária uma grande quantidade de pirimidinas durante a fase embrionária. Vacas heterozigotas possuem um elevado nível de ácido orótico na urina e no leite durante a lactação.
CVM - A doença do Complexo de Má Formação Vertebral (CVM) é caracterizada por um retardamento do crescimento congênito, má formação vertebral e deformações no septo ventricular. Uma mutação no gene SLC25A53, que codifica para uma proteína que tem um papel importante na formação das vértebras, é responsável por causar o aparecimento da doença.
FONTE: http://www.girolando.com.br/site/progenie/2011/sumario_de_touros2010.pdf
CABEÇA: a cabeça, é particularmente quem carrega a expressão racial e se o animal está ou não bem definido racialmente. Na cabeça devemos observar o perfil, visto lateralmente, o formato dos olhos e as orelhas, vistas de frente, seu tamanho, formato e posicionamento em relação aos olhos;
Na figura à direita, vista de lado, verificamos que
o perfil típico da 1/2 sangue é sub-convexo, o da 5/8 é tipicamente retilíneo e
o da 3/4 é sub-côncavo, pois tem uma ligeira depressão na região da fronte. Uma
regrinha para entender esta terminologia é a seguinte:
- a 1/2 sangue tem 50% de sangue Gir/Holandês = sub-convexo;
- a 3/4 tem 75% de Holandês = sub-côncavo;
- a 5/8 possui 62,5% de Holandês, ou seja, está exatamente entre a 1/2 sangue e
a 3/4. Misturando sub-convexo (1/2) com o sub-côncavo (3/4) vamos obter o
perfil retilíneo (5/8).
GARUPA: A garupa é uma região limitada pelo lombo a frente,
a cauda atrás, e abaixo as coxas, tendo como base anatômica os coxais, além do
osso sacro.
O osso sacro é formado por 5 vértebras sacrais soldadas, portanto formando uma
única peça. O sacro, quando muito saliente, em geral corresponde a garupa
inclinada e escorrida lateralmente (cortante), o que constitui grave defeito.
Mas, “nem tanto ao céu, nem tanto a terra”, pois a garupa muito plana, com os
ísquios mais altos (atrás) que os íleos (frente), o que chamamos de garupa
invertida, também não é desejável, pois isto dificultará o parto e a expulsão
dos restos placentários. O desejável é que a garupa tenha uma ligeira inclinação
no sentido íleo-ísquio, variando de acordo com cada raça (na raça Holandesa em
torno de 4 cm.).
Na parte anterior da garupa, existem duas
saliências laterais, normalmente bem definidas, que são as ancas ou
extremidades ilíacas, e na parte posterior encontramos as duas extremidades
isquiáticas, chamadas de ponta da nádega. Ligando estes quatro pontos, a figura
formada deve se aproximar da forma quadrada, com ligeiro estreitamento no
sentido antero-posterior, ou seja, menor largura na região dos ísquios em
relação a maior largura entre os ílios.
Outro detalhe em termos de qualidade da garupa, é que juntamente com o lombo, o
dorso e a cernelha devem estar no mesmo plano, sendo que nas fêmeas deve ser
analisada cuidadosamente, pois a garupa, além de armazenar os órgãos
reprodutivos é chamada de “teto do úbere”, determinando sua altura, largura e
amplitude.
Para terminarmos nossa abordagem sobre a vulva, mais uma dica: como a vulva é uma região intrinsicamente ligada aos órgãos sexuais femininos, recebendo influência direta de hormônios, etc., dependendo do seu desenvolvimento em relação a idade do animal pode ser sinal de alguma anomalia sexual, tendo consequências significativas na parte reprodutiva das vacas. Uma vulva atrofiada, o que chamamos tecnicamente de “vulva infantil”, aquela que nós encontramos nas novilhas “maninhas” é sinal de sub-fertilidade ou até mesmo de esterilidade.
FONTE: http://www.girolandomuquem.com.br/aprenda-diferencia-los
COMO OTIMIZAR O USO DA CANA DE AÇÚCAR NA PECUÁRIA LEITEIRA
Autor:
Fábio Garcia Ribeiro, M. Sc., Coordenador Técnico Gado de Leite
Connan – Companhia Nacional de Nutrição Animal.
A
cana-de-açúcar é cultivada nas mais diversas regiões do Brasil e é largamente
utilizada como volumoso na alimentação de bovinos de leite. Essa forrageira
apresenta diversas características positivas, como alta produtividade por área,
pico de produção na época de menor oferta de forragens tropicais (seca), altos
teores de açúcares de alta degradabilidade (sacarose), e mantém seus valores
nutricionais por longos períodos, mesmo depois de madura, permitindo maior
tempo de aproveitamento mesmo sem ser colhida e/ou ensilada. Além disso,
caracteriza-se por ser uma cultura longeva, que exige poucos cuidados de
manutenção.
Porém, a cana-de-açúcar apresenta características negativas que a inviabilizam
como fonte ideal de volumoso nas dietas de vacas leiteiras dos mais diversos
níveis de produção. Essas características indesejáveis são: fração fibrosa de
baixa degradabilidade e desbalanceada nutricionalmente, principalmente quanto à
relação entre proteína e energia, permanecendo mais tempo no rúmen, reduzindo
drasticamente o consumo de matéria seca (MS) e a disponibilidade de nutrientes.
Seu baixo teor de minerais afeta a produção de leite, não permitindo que o
animal expresse seu potencial.
Para que a cana-de-açúcar seja empregada e permita a obtenção de bons
resultados, existem diferentes possibilidades de uso de correção da dieta dos
animais que a ingerem. A seguir serão feitas considerações sobre essas práticas
de uso.
A
ureia na cana.
Usar cana picada in natura ou silagem de cana associada à ureia é uma prática
comum, principalmente em produtores de leite. Esse procedimento favorece a
síntese de proteína microbiana, o que melhora a relação proteína:energia da
dieta e a ingestão de matéria seca. É sempre recomendável a utilização de uma
fonte de enxofre numa inclusão de 10% em relação à ureia, para melhor aproveitamento
da mesma. Essa fonte pode ser o próprio enxofre elementar (flor de enxofre) ou
sulfato de amônia.
Essa prática exige alguns cuidados especiais durante o trato, para evitar
riscos de intoxicações.
Uso
de aditivos
Além da ureia, recentes trabalhos recomendam o uso de outros aditivos para
melhor aproveitamento e melhora da qualidade em dietas ofertadas com cana e/ou
silagem de cana.
1.
Ureia de liberação controlada
A recente descoberta da tecnologia de encapsular o grânulo de ureia com uma
película biodegradável, o que propicia o fluxo controlado de nitrogênio dentro
do rúmen, em detrimento da instantânea liberação que ocorre com a ureia
convencional, permitiu aos nutricionistas associá-las. Essa associação favorece
ganhos sinérgicos, pois as bactérias ruminais que se utilizam de nitrogênio
para sua multiplicação irão se disponibilizar de substrato (alimento) por
períodos mais longos, aumentando a produção de proteína microbiana.
2.
Ionóforos
Os ionóforos são substâncias que auxiliam no metabolismo dos ruminantes,
favorecendo a atuação de bactérias que produzirão maior proporção de ácido
propiônico em relação ao ácido acético, o que é extremamente benéfico ao
desempenho animal, aliado a um maior conforto ruminal.
Além disso, é responsável pela eliminação de grande parte de bactérias
gram-positivas, principalmente as metanogênicas (produtoras de gases metano),
diminuindo a emissão de gases na atmosfera e a utilização dessa energia sendo
transferida para a produção, principalmente de leite.
3.
Probióticos
De acordo com definição da OMS (Organização Mundial de Saúde), probióticos são
organismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem
benefício à saúde do hospedeiro. No caso da utilização em alimentação com cana,
o uso de leveduras vivas, principalmente a Saccharomyces cerevisiae, contribui
para a estabilização do pH ruminal, maior produção de bactérias celulolíticas,
o que confere excelente ambiente ruminal.
Essa condição beneficia maior injestão de matéria seca, ou seja, o animal
consegue comer mais cana picada e/ou silo de cana, o que aumenta
significativamente a produção de leite e o escore corporal das vacas,
principlamente nesta época do ano.
Conclusão
A utilização de cana na alimentacão de vacas leiteiras, associadas a adequada
utilização dos produtos acima (ureia, ureia de liberação controlada, ionóforos
e probióticos), conjuntamente com uma boa mistura mineral, confere aos animais
condições bastante satisfatórias para boa produção leiteira, excelentes
condições reprodutivas e ótimo escore corporal.É de primordial importância
consultar um profissional habilitado e com experiência na utilização desses
produtos.
FONTE: http://www.girolando.com.br/site/noticia.php?id=1867
Associação Brasileira dos Criadores de Girolando
Nutrição
lamoc1@gmail.com
Utilizaçâo do farelo de algodão de alta energia na alimentação de vacas
leiteiras
Os subprodutos da agroindústria são fontes valiosas de proteína, energia e
fibra para indústria de produção animal e, tradicionalmente, estes subprodutos
têm sido utilizados para substituir concentrados energéticos ou protéicos. Alguns subprodutos, devido à organização da cadeia agroindustrial a que
pertencem, ultrapassaram as fronteiras nacionais e tornaram-se “produto” de exportação;
a exemplo do farelo de soja, que atualmente tem uma grande fatia de sua
produção absorvida pelo mercado externo. Nesse ínterim, o preço desse
suplemento protéico tornou-se menos competitivo para o mercado interno.
Diversas alternativas alimentares vêm recebendo atenção com vistas à elevação
do conhecimento científico e da tecnologia de utilização na alimentação de
ruminantes. No entanto, nenhuma tem se mostrado tão promissora como os
subprodutos da cultura do algodão.
Segundo o NRC (2001), o farelo de soja pode ser substituído pelo farelo de
algodão nas rações de ruminantes sem grandes prejuízos zootécnicos, desde que
as exigências nutricionais sejam mantidas.
O farelo de algodão contém 44,3% de PB; 5% de EE; 6,6% de cinzas; 12,8% de FB;
28% de FDN; 20% de FDA e 78% de NDT em sua matéria seca (NRC, 2001).
O farelo de algodão tem sido utilizado com o objetivo de reduzir o uso do
farelo de soja, visando a obtenção de condições econômicas mais vantajosas, e
muito embora apresente menores teores de energia e proteína, é caracterizado
por apresentar maior teor de proteína não degradável no rúmen. Quanto a esta
degradabilidade, para o farelo de algodão temos valores de 49%, enquanto que
para o farelo de soja esse percentual pode chegar a 80% da proteína consumida.
A proteína não degradável no rúmen é muito importante para animais de elevada
produção, por proporcionar digestão intestinal da proteína alimentar,
favorecendo o aproveitamento de um melhor perfil de aminoácidos e evitando
perdas de nitrogênio na forma de amônia.
Na inclusão do farelo de algodão na alimentação de bovinos leiteiros há de se
considerar que, por ser um alimento rico em lipídeos, possui alta densidade
energética, o que favorece o aporte de energia por unidade de matéria seca ingerida,
característica nutricional importante para animais de elevada exigência, como
vacas em pico de lactação.
Embora seja reconhecida a qualidade dos subprodutos do algodão na alimentação
de ruminantes, permanecem os problemas resultantes da presença do gossipol
nestes derivados. O gossipol é um fator antiqualitativo que interfere no
desempenho reprodutivo dos animais. Reações fisiológicas diversas podem
ocorrer, dependendo do estágio produtivo e nutricional do animal.
Até recentemente considerava-se que os ruminantes poderiam inativar mais
gossipol do que seriam capazes de consumir. No entanto, métodos modernos de
extração do óleo têm aumentado a concentração deste composto fenólico nos
subprodutos, ao mesmo tempo em que as vacas de alta produção tendem a aumentar
a ingestão de alimentos e, consequentemente, a de gossipol.
Assim, com avanço tecnológico os processos de extração de óleo tornaram-se mais
eficientes, traduzindo-se em subproduto de menor valor nutritivo – menor teor
de óleo residual e maiores teores de gossipol. Tratamentos físicos ou químicos
constituem-se em alternativas viáveis no processamento de rações, com o
objetivo de incrementar a eficiência de sua utilização.
A extrusão é um método de processamento de rações que utiliza elevada temperatura
e pressão, proporcionando maior gelatinização do amido e menor digestibilidade
da proteína no rúmen, através da desnaturação da mesma. Além de inativar os
fatores antiqualitativos presentes nos alimentos submetidos ao processo, já que
altas temperaturas aumentam a formação de ligações do gossipol com outras
moléculas, o que o torna fisiologicamente inativo.
Com base na tecnologia disponível a Bunge Alimentos (2007) desenvolveu o farelo
de algodão com alta energia; este alimento é obtido a partir dos caroços
(cariopses) que primeiramente passam por extrusão e posteriormente são
prensados para extração do óleo. Tal processo de extração do caroço de algodão
semideslintado confere ao alimento as seguintes especificações: Proteína Bruta,
28%; Fibra em detergente neutro, 50%; Extrato etéreo, 8% – dados expressos na
matéria natural, tornando-o um produto bastante equilibrado para os ruminantes.
Além de serem minimizados os fatores antinutricionais, por exemplo, o gossipol
livre com um teor < 5 mg/kg de produto.
Lima Júnior (2009) avaliou o consumo e a digestibilidade aparente de nutrientes
em ovinos alimentados com dietas contendo diferentes níveis (0%, 20%, 30% e
40%) de inclusão do farelo de algodão de alta energia em uma ração completa a
base de milho e soja. Não houve influência da adição do farelo de algodão nos
consumos de matéria seca (MS) (g/dia); extrato etéreo (EE) (g/dia); energia
bruta (EB) (kcal/kg/dia); carboidratos totais (CHOT) (g/dia). No entanto, os
consumos de proteína bruta (PB) (g/dia); matéria orgânica (MO) (g/dia); e
matéria seca (% PV), diminuíram com o nível de 40% de inclusão. Para os
coeficientes de digestibilidade não houve resposta para PB (%) e EE (%). No
entanto, a digestibilidade da MS (%); MO (%); EB (%); e CHOT (%), diminuiu com
a inclusão de 40% de farelo de algodão de alta energia. O farelo de algodão
extrusado pode ser incluído em níveis de até 30% em rações completas para
ruminantes sem alterar significativamente o valor nutritivo da ração total.
Alves (2008), trabalhando com níveis crescentes de inclusão de farelo de
algodão de alta energia (zero, 8,7; 17,4; 26,1; e 34,8% na matéria seca) em
substituição ao farelo de soja no concentrado para vacas no terço final de
lactação, avaliou o efeito sobre o consumo, digestibilidade, produção e
composição de leite e viabilidade econômica da ração. Os aumentos dos níveis de
farelo de algodão de alta energia não afetaram o consumo de matéria seca,
matéria orgânica, proteína bruta, fibra em detergente neutro. Observou-se
efeito sobre o coeficiente de digestibilidade apenas sobre o extrato etéreo,
que fica maior para os níveis de inclusão de 8,7; 26,1; e 34,8%. A eficiência
de utilização de nitrogênio e os teores de nitrogênio uréico no sangue e no
leite não foram afetados por nenhum dos níveis de inclusão, bem como a
eficiência alimentar, a produção de leite e o teor de gordura no leite.
Portanto, a utilização do farelo de algodão de alta energia surge como uma
alternativa promissora na alimentação de bovinos leiteiros, por apresentar equilíbrio
entre teor energético e protéico, por possuir proteína de baixa degradabilidade
ruminal que contribui para a melhoria do perfil aminoacídico absorvido no
intestino e por conter níveis seguros de gossipol que permitem desempenho
zootécnico satisfatório.
Referências Bibliográficas
ALVES, A. F. Substituição do farelo de soja por farelo de algodão de alta
energia na dieta de vacas em lactação. Cuiabá, MG: UFMG, 2008. 76f. Dissertação
(Mestrado em Ciência Animal) – Programa de Pós-graduação em Ciência Animal,
Cuiabá, 2008.
BUNGE ALIMENTOS. Farelo de Algodão de Alta Energia. Disponível em <
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LIMA JÚNIOR, D. M. Avaliação do farelo de algodão (Gossipum spp.) extrusado na
dieta de ruminantes: Consumo e Digestibilidade. Mossoró, RN: UFERSA, 2009. 32f.
Monografia (Graduação em Zootecnia), Mossoró, 2009.
NATIONAL RESEARCH COUNCIL – NRC. Nutrient requirements of dairy
cattle. 7ª Revised ed. Washington, National Academy Press, DC, 2001. 381 p.
FONTE: http://www.girolando.com.br/site/noticia.php?id=1856
Artigo técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando
Nutrição
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